quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Fotônica

# Memória de luz é construída com fibra óptica

Microrressonadores

A fotônica vem avançando rapidamente, prometendo revolucionar os computadores, com cálculos feitos à velocidade da luz.

Agora, pesquisadores descobriram uma nova forma de usar a luz para armazenar dados, usando microrressonadores, uma tecnologia emergente, mas baseada em materiais já fabricados industrialmente.

Misha Sumetsky e seus colegas descobriram como combinar as propriedades quânticas da luz com uma propriedade das fibras ópticas até agora inexplorada.

Memória de luz é construída com fibra óptica


Em 2009, um grupo alemão descobriu como usar uma fibra óptica para armazenar luz e, por decorrência, dados.

A nova técnica produz o mesmo efeito, mas com uma abordagem diferente: os pesquisadores criaram zonas mais estreitas ao longo de uma fibra óptica.


Armazenar a luz

Os estreitamentos na fibra óptica confinam a luz ao fazê-la seguir uma rota em formato de parafuso, para frente e para trás, criando um microrressonador.

O principal feito do grupo foi desenvolver uma técnica que permite fabricar esses estreitamentos de forma rápida e eficiente.

Fabricar microrressonadores é uma espécie de "cálice sagrado" na busca pelos computadores ópticos, com a diferença de que o que se quer aqui é encontrar um mapa de uma rota que não deixe a luz escapar.

Armazenar a luz - fazer os fótons ficar dando voltas por um determinado tempo - não é algo fácil porque qualquer imperfeição no material pode significar perda da informação.

A palavra-chave para desvendar o mistério é "acoplamento evanescente", o mesmo fenômeno que permite que a luz caminhe pelo lado de fora de nanofios.

Memória de luz é construída com fibra óptica
O próximo passo da pesquisa é construir uma série desses "bits ópticos" ao longo da mesma fibra, e fazê-los funcionar de forma controlada. [Imagem: OFS Laboratories]

Salto quântico

Em uma fibra óptica normal, uma diferença de índice de refração entre o núcleo e o revestimento da fibra faz com que a luz viaje muitos quilômetros com pouquíssima perda de sinal.

Na fibra onde são feitos os estreitamentos, a luz encontra uma espécie de rampa à sua frente, o que a faz escapar, sendo capturada por outra fibra alinhada perpendicularmente à primeira.

Como as duas fibras estão muito próximas, e como a fibra original estreita-se para uma fração de sua dimensão original, uma parte da luz dá literalmente um salto quântico para a outra fibra.

Esse é o acoplamento evanescente, que permite que uma onda eletromagnética - a luz - acople as duas fibras.

Bits ópticos

Assim, em vez de viajar livremente ao longo da fibra, a luz fica circulando em volta da sua superfície, em círculos muito apertados.

Mesmo mantendo sua velocidade, como passa a fazer uma rota em parafuso, na prática a luz viaja ao longo do comprimento da fibra a uma fração da sua velocidade em uma fibra normal, sem os microrressonadores.

Cada microrressonador destes representa um bit de memória óptica.

Assim, o próximo passo da pesquisa, é testar uma série deles funcionando ao longo da mesma fibra, de forma controlada.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=memoria-de-luz-fibra-optica&id=010110111224

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