sexta-feira, 25 de maio de 2012

Vamos saber administrar nosso $$

# Sensacional dica....

Fonte site Pensamento Livre


Acredito que a educação financeira deveria vir de berço e dar sequência na escola. Filhos criados com pais empreendedores têm a possibilidades maiores de crescerem no meio de um empreendimento e consequentemente amadurecerem o conhecimento prático para lidar com o dinheiro.

Imaginem quanta gente estaria livre de dívidas hoje se tivesse na escola uma matéria exclusiva de educação financeira. Geralmente, não estudamos isso, pois poucas escolas trazem esse item nas ementas do Ensino Fundamental e Médio, enquanto outras não fornecem esse conhecimento.

Um país onde é alto o índice de corrupção e ensino normalmente de baixa  qualidade, destacando às vezes desinteresse de alunos e professores, produzem cada vez mais pessoas jovens endividadas.

Vimos pessoas perdidas, sem referência, desnorteadas quando recebe o primeiro salário, não sabem o que fazer. Agem de maneira impensada e precipitada. E do outro lado, o mercado agradece e favorece o sistema. Os bancos orientam até certo ponto, porém, de alguma forma seduzem as pessoas com a facilidade do dinheiro emprestado.

Mas isso não é regra geral, vamos dizer assim, que alguns bancos preocupam com o uso consciente do crédito. Há bancos que trazem em seu site links relacionados à Educação Financeira, que poderão colaborar em instruir pessoas que já possuem recursos para investir, ou pensa em gastar com consciência, com equilíbrio financeiro.

Mesmo assim, se fizermos um teste com alguém que financiou um veículo ou um imóvel, fazendo a pergunta “qual a taxa contratada de juros ao mês ou anual, se ele pagou as taxas TAC[1], TEC[1]  no caso de veículos e quanto de IOF[2]”. A resposta em muitos casos: Não sei, só sei o valor da prestação. Isso ocorre com frequência, porque as pessoas não questionam a respeito de taxas nominais e reais, elas preocupam em adquirir o bem a qualquer custo. É normal ver casos de clientes que adquirem veículos e posteriormente entram com pedido de revisão alegando que os juros são altos. Infelizmente a conta que nós fazemos sem o conhecimento é baseada no valor da mensalidade. A famosa mensalidade que cabe no seu bolso, com todas aquelas taxas embutidas para cobrir os riscos dos bancos, por exemplo, risco de crédito, risco de conjuntura e  risco operacional e risco de inadimplência.

 Estabelecendo o controle


Para estabelecer um controle da sua saúde financeira, pode-se aplicar uma tática semelhante ao “Firewall” do mundo da informática. Que é que uma política de segurança/filtro de transição de dados de uma rede de computadores. O Firewall determina quem entra e quem sai, quais portas serão abertas para a movimentação de dados.

Inicialmente corta todos os gastos, fecha a torneira e começa a liberar os gastos básicos checando as prioridades e necessidades. Sobrou? Começa a investir de maneira inteligente. Ainda sobrou? Tenha sua qualidade de vida e bem estar.

Planeje, defina seus objetivos financeiros, estabelece uma meta pessoal, filtre os gastos que serão ativos dos passivos.
Enumere tudo que movimenta sua conta corrente. Tenha um relacionamento amigável com seu banco/gerente. Conheça as taxas que te consome financeiramente, evite o máximo aumentar o limite do cheque especial, o limite e juntamente com cartão de crédito são os maiores vilões nos orçamentos. Coisa que geralmente os bancos não orientam e nós podemos passar anos pagando e por esses motivos os bancos cada vez mais lucrando alto.

Exemplo: Vamos supor que tem um financiamento de um veículo em débito automático no valor de R$570,00 por mês e o seu limite da conta corrente é de R$700,00 com a taxa de 8,93% a.m.[3]. Se neste mês houve movimentação com o pagamento do carro e ainda gastou o restante do limite… Fique tranquilo, no próximo mês será debitada em conta corrente uma mora de encargos no valor aproximado de R$48,00. Parabéns, aquela parcela do seu veículo novo que comprou porque o mercado quase o obrigava você trocar seu carro usado para ter um 0 km, de R$570,00 simplesmente passou a ser R$618,00. Tomara que isso não vire uma rotina, pois,  calculando em um ano daria exatamente uma parcela do seu carro que você poderia pagar com esses juros.

 Tudo bem! Agora como faço para fugir de tudo isso?


Em relação ao limite do cheque especial, se você movimenta muito pouco, não usa cheques, e não tem necessidade de muitos benefícios, abra uma conta digital, onde as movimentações são isentas de tarifas, desde que seja utilizada por meios eletrônicos; (Internet, terminal de auto-atendimento e celular). Apenas serão cobradas tarifas de transação realizadas no atendimento pessoal, de acordo com as tabelas de tarifas vigentes.

Se tiver uma movimentação avançada, tenha um ótimo relacionamento com seu gerente, se tiver uma conta preferencial (conta intermediária), solicite o limite mínimo do cheque especial para manter a conta dentro das exigências do banco, para não cair nas contas do varejo. No varejo você não teria muita conveniência, não seria interessante quando você realmente precisar do seu banco e quem gosta de pegar filas quilométricas e ser mal atendido?

Evite o caixa eletrônico, além de colocar em risco sua vida em lugares expostos, o uso excessivo provoca as cobranças de tarifas. Use a internet. Há, mas tenho receio de usar a internet! Em outra oportunidade falamos sobre a segurança da informação como jamais foi falado…
Mesmo assim use a internet, praticidade, comodidade, interatividade são três palavras que justificam! Sem contar que você estará evitando gastos…
Ao contratar um empréstimo para automóvel; o carnê seria uma boa alternativa para não misturar a conta corrente com a cobrança da parcela do veiculo. Fazendo isso, evita acontecer aquele efeito citado acima, misturar o limite + mais prestação.

Voltando ao exemplo: Em um caso extremo, que a conta esteja descoberta R$0,00 e o limite do cheque especial de 700,00 R$. Então você estará com um saldo devedor de R$700,00 e quando debitar a cobrança do veículo no valor de R$570,00, você terá um saldo negativo de R$1270,00. Você pagará a mora diária de R$48,00 deste valor total e não apenas referente do carro e ainda pagará uma taxa de adiantamento de depositante[4] no valor de R$30,00. Em toda essa movimentação você pagará aproximadamente R$80,00 de encargos financeiros, incluindo taxas e juros. Em caso de atraso no carnê, a tarifação seria somente no valor do veiculo.

Cartão de crédito – A solução é não ter. Use seu próprio dinheiro. Mas se precisar, use com parcimônia, por exemplo, ter um cartão de crédito no valor de R$1000, 00, para casos de extrema necessidade,  se possível deixe esse valor na conta e dê preferência ao  cartão do débito, estabelecendo uma política em que todo mês você deve manter este valor como se tivesse pagando sua fatura do cartão de crédito. É se for pensar bem, ele é apenas uma armadilha, você usa até cair na divida. Mas onde compensa ter um cartão de crédito? Quando se é funcionário de banco onde a taxa de juros é de 2% a.a. e não tem anuidade. Ou você quer comprar uma TV e o valor à vista é o mesmo parcelado no cartão, você faz o cartão com apenas essa finalidade e pague apenas as prestações da TV. Uma terceira alternativa seria controlar bem seus custos fixos e conseguir pagar todos no cartão de crédito. Outro ponto: não atrase e não parcele as faturas. Vale a pena utilizar os programas de milhas áreas, que é o acúmulo de pontos para trocar em passagens aéreas.

 Uma boa notícia!

Os bancos federais anunciaram a redução das taxas de juros. Em uma conversa com uma gerente pessoa física de um banco privado  fui informado  que essa ação não pressionará os bancos privados abaixarem os juros (por incrível que pareça). Na verdade o que determina mesmo essa queda é a taxa selic[5]. Portanto logo vimos o resultado dessa movimentação, os bancos privados também começaram a adotar tarifas reduzidas. Recomendo que quem possa esperar mais um pouco para pegar empréstimo, que aguarde.

Outra informação importante que a gerente pontuou, é que muitas propagandas anunciam as baixas das taxas, mas não expões as dificuldades.  O banco anuncia o favorecimento do crédito consignado, mas não coloca os requisitos para conseguir como: limitação de valores e prestações, tempo de conta, histórico bancário, etc.


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